domingo, junho 30, 2002

Ok, esse texto é antigo e vou ficar devendo uma atualizaçãozinha dele. Mas já dá para se ter uma idéia do que eu andei fazendo nesses ultimos tempos.

Mudança.

Outro dia eu estava lendo a Boa Forma e vi uma reportagem onde os leitores vão acompanhar, por alguns meses, uma moça que quer emagrecer. Claro que vou acompanhar com os dedos cruzados para que tudo dê certo, ainda mais por que estou na mesma situação que ela, daí me veio a vontade de escrever a minha história.
Como já disse, eu também ainda estou no meio do caminho, mas pelo menos dessa vez acho que estou no caminho certo, sem remédios milagrosos ou dietas impossíveis e perigosas e com muita, muita malhação. Bem, vamos ao que interessa...

Era uma vez...

Eu sempre fui uma criança saudável, não muito cheinha mas nem de longe magra, ainda mais se comparada a minha irmã mais nova, que sempre foi um palito. Então eu era a “gordinha”. Quando me mudei para Brasília, aos 12 anos tive que parar de fazer natação e como não tinha amigas (cidade nova, escola nova...), eu que já era quieta ficava mais em casa e terminava comento mais, isso logo no inicio da adolescência. Adivinha onde eu fui parar? Lá no alto da balança!
A época mais alarmante foi quando eu fui fazer intercâmbio nos Estados Unidos e voltei com 125kg, enorme de gorda. Pelo menos eu consegui emagrecer muito só mudando a alimentação e voltando a comer comida brasileira. Só nisso já foram mais de 15kg. De lá para cá eu já passei por zilhões de dietas e sempre fiquei quase sempre acima dos 90kg. Menos por curtos períodos quando eu dei duas passadas em spas (cheguei a 85,700 em 1990 e 86,500 em 1999) e quando apelei para uma pílula de origem duvidosa, mas depois eu engordava tudo de novo.
Minha grande mudança começou em 1997, quando terminei um namoro de quase 06 anos com um cara que eu adorava e ele era (e ainda é) bem gordo. Como nós estávamos juntos e ele gostava de mim gordinha, eu deixei correr solto e cheguei aos 115kg. Era assim que eu estava no inicio de outubro de 1997, quando nós terminamos. Decidi que estava tudo errado na minha vida e que eu tinha que mudar tudo. Sem dó nem piedade, só tentando salvar um pedacinho de chocolate de vez em quando por que eu sou chocólatra mesmo.
O primeiro passo foi óbvio: remédio milagroso. Até que funcionou por um tempo e como eu já tinha entrado para uma academia foi melhor ainda. Perdi 30kg em um ano.(não quero nem imaginar o que eu estava fazendo com a minha saúde, mas...), eu estava felicíssima, meu regime estava funcionando! Ledo engano, quando parei de tomar o remédio comecei a engordar de novo, mas achei melhor parar por que mesmo não sentindo nada pessoalmente, uma amiga que estava tomando a mesma pílula começou a ter problemas e eu achei melhor prevenir e parar antes que algo me acontecesse.
Pelos dois anos seguintes, eu meio que estacionei nos 93kg, isso sem parar de malhar duas ou três vezes por semana... ou talvez justamente por isso eu não tenha engordado ainda mais.
E por falar em malhar, eu tentei de tudo. A academia que ficava no caminho do trabalho para casa, a academia que ficava do lado de casa, a academia que ficava do lado do trabalho, a academia que ficava longe de tudo, o livro do professor muito musculoso, o aparelho incrível, super-hiper-demais, para se ter em casa... dança do ventre, musculação, natação, tae kwon do, caminhada... minha preguiça sempre venceu todos eles por nocaute e sem nenhum problema. Dava até pena de tanto dinheiro que eu gastava sem resultado.
No fim de 2000 fiz uma viagem com a família e passamos quase um mês na estrada. Quando voltei para casa a calça que eu tinha comprado especialmente para levar já não me cabia direito. Decidi que bastava, eu tinha que fazer algo sério para mudar a minha vida e tinha que ser algo do qual eu não pudesse me desvencilhar tão cedo.
Foi quando eu decidi contratar a Maria Amélia, que mora na mesma rua que eu, e é personal trainer. Para falar a verdade, eu já estava pensando nisso antes da viagem, mas só na volta eu decidi ir em frente com essa história. Comecei a malhar com ela em fevereiro de 2001, 03 vezes por semana. Estava com 98kg e a forma física de uma jaca. Sem brincadeira.
Começamos com caminhadas, abdominais sem nenhum pesinho e alguns exercícios de musculação, também com pouco peso, para me dar algum preparo físico. Nos primeiros dois meses eu não perdi nenhuma grama e nos dois seguintes eu perdi apenas 2kg. Por outro lado, eu não estava fazendo nenhum regime, só evitando abusos e minhas medidas estavam despencando. Perdi 5cm de abdômen, 5 de quadril e 3cm de coxa, também ganhei 1,5cm de braço e por causa disso diminuímos os pesos da coxa e do braço. Então a balança podia não mostrar nenhuma diferença, mas minhas roupas já estavam bem mais confortáveis. Eu estava com o mesmo peso, só que com menos gordura e mais músculos.
Só depois de uns 5 ou 6 meses malhando que eu comecei a me sentir motivada a procurar um endocrinologista e voltar a fazer regime. Tenho certeza que o médico não acreditou em mim quando eu disse o quanto eu malhava. A esta altura eu já estava malhando todos os dias, correndo 30 minutos por dia, fazendo cerca de 450 abdominais com pesos, mais a malhação (com pesos leves só para ter certeza de que eu não ia aumentar) e estava com 95kg. Hoje (outubro) eu estou com 88kg e uma boa forma física.

A comida.

Ainda faltam 12kg para o que eu quero e eu ainda estou muito mole (ok, flácida, mas eu não gosto dessa palavra), o que quer dizer que eu ainda tenho que correr muito, mas eu chego lá. Eu sei que se eu conseguisse não furar a dieta eu chegaria lá mais rápido, mas trabalhando em uma área onde só tem escritórios e aqueles restaurantes onde você tem dúvidas se deve sequer passar pela porta, e sendo maluca por chocolate fica difícil. Com muito esforço e a custa de muito sacrifício, e eu não estou exagerando, eu descobri dois restaurantes self-service e uma loja de sanduíche natural, perto do escritório, que são bastante razoáveis. Dá para comer lá sem sofrimento, o que já ajuda muito.
Tem também um monte de lugares que entregam a comida para você, o que pode sair bem mais caro, mas às vezes vale a pena. Se dar de presente um combinado de sushi e sashimi de vez em quando vale muito a pena, os buffets de salada são realmente algo do outro mundo e as vezes eles também servem grelhados, já ajuda a matar a vontade de comer um prato quente e tem sempre a lojinha de produtos naturais onde se pode conseguir frutas desidratadas que além de serem doces ainda ajudam te suprindo com fibras.
Eu continuo viciada em chocolates, chegando a ponto de controlar as calorias de tudo o que eu como para poder me dar um chocolatinho de presente, mas estou realmente tentando me controlar mais nesse ponto. No dia em que eu achar um BOM substituto para o chocolate eu vou ser a pessoa mais feliz do mundo.
As atividades Físicas, as dores e os dramalhões.
Eu comecei andando, como toda boa gordinha fora de forma que se preze. Eu sofria para andar 45min no plano. Depois passou a ser 30 no plano e 15 na ladeira... eu sofri mais ainda. Lembro de como eu reclamava. O pior foi quando a Maria Amélia decidiu que eu podia começar a correr. Eram 4 corridas de 3 minutos cada com 5 de caminhada no intervalo. Eu morria, reclamava, resmungava, ameaçava... fazia qualquer negócio para descer da esteira. Maria Amélia nunca deixava. Depois o tempo de corrida foi aumentando aos pouquinhos, junto com as minhas reclamações, Maria Amélia ria de mim o tempo todo e só hoje eu entendo por que: eu não estava correndo nada! Teve um dia que eu corri 21 minutos seguidos. Me achei o máximo, eu era a melhor atleta do mundo, ninguém chegava aos meus pés (ok, ok, pode rir).
Depois fui batendo meus próprios recordes. Os 30 minutos foram um marco histórico, os 40 minutos foram melhores ainda, os 42 foram inesquecíveis e os 45 (meu último) foi a glória. Hoje em dia, a gordinha que reclamava de correr 3 minutos corre 30 quando está cansada e sem pique para correr tudo. Minha velocidade também está aumentando aos poucos, estou correndo uns 6.5 km em 45 minutos agora, mas quero chegar nos 8km em breve e melhorar ainda mais no futuro.
Obvio que sinto dores. Todo mundo sente. Os primeiros 10 minutos de corrida são um tormento inexplicável... (eu já disse que sou exagerada, não?) mas depois dos 10 minutos parece que tudo vai entrando no lugar e aos 15 minutos eu não sinto mais nada e correr é maravilhoso.
Obvio também que eu ainda reclamo, nessa categoria eu ainda sou campeã, mas devo confessar que ando perdendo o hábito e reclamando bem menos.
Atualmente continuo com a Maria Amélia 5 vezes por semana, mais ou menos 1hora e meia todos os dias, ainda faço de tudo para conseguir ir à academia todas as noites fazer body combat 2 ou 3 vezes por semana, dança do ventre 2 vezes por semana, 20 de cross country todos os dias e 30 minutos de esteira quando tenho pique.
Exagero? Talvez, uma amiga minha chegou a ter uma conversa séria comigo por que eu estava exagerando, ficando viciada em endorfina (substancia produzida pelo corpo durante o exercício), perdendo a noção de realidade, que eu estava tão cansada no final do dia e tinha que acordar tão cedo no dia seguinte que eu não saia mais com os amigos, não ia mais para barzinhos, essas coisas. Eu fiz a única coisa que eu podia: convenci ela a malhar comigo! Hoje ela vai para a academia toda noite comigo e está louca para ganhar alguma resistência física e perder o excesso de peso para poder começar a fazer hipertrofia. É, ela quer ficar bem grande mesmo. Ela disse que quer ficar “igual ao Arnold Schuartnuncavouconseguirescreveronomedele – o ator que fez o exterminador do futuro”. E a exagerada sou eu, né? Certo.

Presentes e Recompensas.

Até bem pouco tempo atrás, muito pouco tempo atrás, para ser sincera, sempre que eu me sentia muito mal ou muito bem, por qualquer motivo, eu me dava algum presente. Chocolate, biscoito de chocolate, sorvete (adivinha o sabor!!), alguma comida especial, ou, de vez em quando, alguma outra coisa que não fosse comestível.
Isso foi mudando aos poucos, nem notei quando começou. A primeira vez que eu percebi foi quando o meu dia deu todo errado do minuto em que eu acordei até a umas 11 da manhã, quando eu não agüentei mais. Exagero? Eu precisava de dois arquivos urgente, a internet deu pau; quase bateram no meu carro umas duas vezes no caminho para o trabalho (eu juro que em uma delas o carro encolheu a roda dianteira direita para não ser atingido); a roupa que eu queria usar estava com uma mancha; houve um pique de luz e todo o trabalho que eu levei mais de uma hora para fazer foi banido para outra dimensão e descobri que meu walkman havia sido roubado de dentro da minha gaveta no escritório. Parece filme, né? Não foi.
Às 11 e pouco eu decidi que eu só tinha duas alternativas. Comer um bom almoço com direito a sobremesa e ir para a academia, era uma terça ou uma quinta, dias em que eu malho na hora do almoço, ou ir para a academia direto. Fui para a academia. Comi uma salada de frutas, alguma coisa salgada que eu não lembro o que foi, tomei um suco light e fui para a esteira. Corri mais de 45 minutos aquele dia, mas como foi uma ocasião especial eu não contei para o recorde e depois fui para a máquina de cross country e fiz mais 40 minutos. Quando a Maria Amélia chegou às 13:30h parecia que eu tinha tomado um banho de roupa e tudo. Acho que ela pensou seriamente em contratar alguém para todo dia me roubar alguma coisa.
Hoje em dia parte dos meus presentes / recompensas ainda é comida, mas eu já estou controlando melhor isso. O polar (o relógio e a fita que medem batimentos cardíacos) foi presente que eu me dei, assim como meu tênis novo de corrida, as roupas novas de malhação, um kit de maquiagem, dois perfumes, um hidratante com o mesmo cheiro de um dos perfumes, alguns CDs, muitos livros, a roupa de dança do ventre (ajustável para não perder logo), o cinto de moedas para fazer barulho e os enfeites de pé, também para dança do ventre, e assim por diante. Por enquanto, roupas estão fora desta lista por que ainda pretendo diminuir bastante as minhas medidas e não quero me dar um presente que eu vou perder em 2 ou 3 meses.

Os cuidados e os problemas.

Sim, eu estava muito fora de forma e sim, eu sabia que iria acabar fazendo muito exercício, por isso mesmo me cerquei de todos os cuidados que eu achei que fossem cabíveis: tenho a supervisão de uma personal trainer ou de um professor da academia durante cada série de exercícios que eu faço, estou sob a supervisão de um médico e não tomo nenhum remédio sem o conhecimento dele, tenho meu próprio polar, tomo em média 3 litros de água por dia, só corro com o tênis apropriado, cheio de amortecedores, que meus pais chamam de nave espacial por que é muito estranho, e vivo reclamando, o que eu acho que segura a onda da Maria Amélia sempre que ela pensa em exagerar comigo, mas pode ser que eu esteja me iludindo.
É claro que nem tudo são flores e todo mundo sabe disso, mas existem espinhos escondidos onde a gente menos espera. Os meus sempre foram os normais de todo mundo: deixar de comer isso ou aquilo e chocolate, claro; começar a malhar; a dificuldade de achar roupas para malhar do meu tamanho; resistir as milhares de tentações que passam na minha frente... o básico de todo mundo.
Achei o meu primeiro espinho escondido uns dois meses atrás, quando comecei a perceber que o esquema malhação e regime ia dar certo de verdade, e talvez fosse mais rápido do que eu esperava. Entrei em pânico quando notei que podia até chegar à minha meta até dezembro. Descobri isso em uma quinta feira e passei de sexta a domingo comendo. Não me empanturrando, comendo que nem uma morta de fome ou algo assim, mas eu comi muito mais do que a média a qual eu já tinha me disciplinado e tudo muito calórico. Chocolate, crepe, massa, salgadinhos e o que mais se imaginar. Só consegui começar a me controlar de novo no domingo a tarde, quando comecei a pensar no que estaria acontecendo e por que.
A conclusão que eu cheguei é de que eu não era capacitada para me embrenhar nesse mato sozinha e precisava de ajuda. Naquela mesma semana, na quinta-feira, eu entrava pela primeira vez no consultório da Dra. Antonia, psicóloga. Ainda é cedo para dizer que eu estou melhor, nunca achei que fosse ter pânico de emagrecer, mas estou trabalhando nisso. É muito difícil você abandonar todas as defesas que você ergueu a vida inteira e descobrir que vai ter que se readaptar ao convívio social, por que as pessoas vão sim te tratar diferente. Preconceito? Sim, lamento, ele existe.

O suor.

Quando eu resolvi emagrecer, em 1997, e me matriculei na primeira academia da série “pós-decisão” eu morria de inveja do pessoal que ficava com a camisa toda molhada. Parecia que eles estavam malhando de verdade e eu estava só enrolando. O meu erro, pelo que posso perceber agora, era não fazer exercícios aeróbicos o suficiente. Sim, todos os professores diziam que eu precisava de mais aeróbicos que qualquer outra coisa para emagrecer, mas ninguém nunca me explicou o quanto a mais eu precisava.
Depois que eu comecei a correr é que eu comecei a ficar com a camisa mais molhada, e é claro que conforme eu fui correndo mais e mais, minha camisa foi ficando mais e mais molhada. Não tem como descrever como eu ficava (e ainda fico) orgulhosa de ver as manchas molhadas na camisa. Hoje em dia parece que eu entrei com camisa e tudo debaixo do chuveiro. Eu acho o máximo!
Correndo o risco de deixar todo mundo mais preocupado comigo, devo dizer que ainda não malho o tanto que eu gostaria. Eu adoraria não furar uma noite sequer na academia, o que acontece pelo menos uma vez por semana pelos motivos mais variados; eu adoraria não perder tempo reclamando do que eu tenho que fazer para poder fazer o exercício render mais ainda; e, sim, tem dia que eu queria não ter que trabalhar para poder malhar o dia inteiro. Mas ai eu concordo que seja exagero.

Meus 75kg.

Por que eu coloquei como meta chegar a 75kg? Fiz isso por um monte de motivos e o primeiro deles é que a primeira pergunta de todo mundo é sempre: onde você quer chegar? Qual a sua meta? Ou alguma variação do mesmo tema. Dar uma resposta, o quão mais firme melhor, deixa todo mundo mais calmo e eles passam a te ajudar a alcançar o teu objetivo sem se sentirem dando força a algum tipo de neurose.
Em segundo lugar por que eu precisava de algum tipo de parâmetro, tem muito tempo que eu não peso menos de 85kg, eu não tenho idéia do que seja o corpo que eu vou gostar. Quando chegar nos 75 eu vou me olhar no espelho e ver o que acontece. Não tenho idéia de quem seja a Rachel de 75kg ou de como seja ela. Será que eu vou me sentir bem assim? Quando chegar lá, eu digo.
Em terceiro lugar, naquela tabela de altura x altura sobre peso, ou peso sobre altura x altura, eu nunca lembro direito, meu peso ideal é abaixo de 75,69kg. Então, arredonda-se isso para 75kg.
Além disso eu tenho 1,74m de altura, ossatura larga, algum médico em algum lugar me disse que meu peso seria 72 ou 73kg, mas 75kg é realmente um número mais redondo e mais fácil de lembrar e esse peso já me parecia difícil demais de alcançar quando eu comecei todo esse processo.
Ah! Sim, as roupas também estão me ajudando a perceber o quanto eu estou mudando, a tal calça da viagem que chegou ao ponto de ficar justa em mim teve que ser dada de tão larga que ficou. Não tem nenhuma calça ou saia que eu possa usar sem cinto, por que elas já estão todas caindo. Chega a ser engraçado saber que vou ter que renovar o guarda-roupa inteirinho. Isso é bom, descobri que meu gosto esta mudando conforme eu vou malhando e me sentindo mais segura.
Um dia eu cheguei na academia só para descobrir que eu não tinha levado nenhum top de ginástica. Corri para a lojinha da academia e experimentei todos (os três ) tops grandes que eles tinham. As cores eram legais, mas nenhum dos três segurava nada. Fiquei triste e tive que voltar para casa. No dia seguinte a Maria Amélia conseguiu mais uns tops grandes e eu fui experimentar, mesma coisa. Ai ela teve uma idéia e me deu um top médio para ver como ficava. Lembro que eu cheguei a rir dela antes de experimentar. Obvio que eles jamais me serviriam, o que é que ela estava pensando? Comprei dois.
Meus dois primeiros tops médios. Um azulzinho e um preto com listras douradas. Amei os dois, ainda mais por causa do tamanho: é médio!
Aconteceu a mesma coisa com um sutian outro dia. Eu só usava 52, e comprei um 48, me senti muito bem e uns dois dias depois minha mãe me comprou um 46, que serviu! Dá para acreditar nisso? Eu ainda olho meio de lado para ele cada vez que vou usa-lo, acho que estou esperando chegar o dia em que eu vou querer usa-lo e vou descobrir que ele não me serve.

A última “roubada”

Estou começando a ver essa história de malhar como uma bola de neve. A última na qual eu me meti foi o desafio de verão da revista Boa Forma. Vão ser oito semanas nas quais eu tenho que malhar (só que a revista mandou uma série bem mais fraca do que a que eu já faço) seis dias por semana e fazer uma dieta de 1.200 a 1.400 cal.
Em teoria eu devo perder um quilo por semana... isso me deixou deprimida. Se eu já faço mais do que a revista mandou e não estou perdendo um quilo por semana, quer dizer que eu estou comendo demais e vou ter que repensar o meu cardápio. Basicamente, parar de comer besteiras. Estou muito deprimida! Decidi que vou me manter no meu programa e esquecer essa história de revista.
Engraçado, eu sei que é possível, mas ainda não consigo me imaginar chegando lá. Para dizer a verdade não consigo me imaginar uma grama mais magra do que eu estou hoje, por isso parei de tentar imaginar. Vou fazendo os exercícios um dia de cada vez, malhando mais quando eu posso e me sentindo péssima quando eu não posso malhar muito. Estou, literalmente, pagando para ver, só preciso controlar mais a boca para melhorar o resultado.

Hoje em dia.

E onde eu estou hoje? Bom, eu comecei essa brincadeira com 115kg e já cheguei a ter 85kg, só que com a tal pílula milagrosa. Hoje estou com pouco menos de 88kg de acordo com a última pesagem, uns 20 dias atrás. Isso dá uma diferença de uns 27kg, o que eu sei que já é muita coisa, mas ainda não é o quanto eu quero. Ainda faltam 12kg e uns quebrados.
Mesmo agora, no meio do caminho (sim, eu sei, já passei da metade, mas é só uma figura de linguagem, relaxa) eu já noto uma série de diferenças em mim. Estou mais vaidosa e me sinto bem melhor comigo mesma, já me preocupo mais com o que eu vou vestir, como está meu cabelo, minhas unhas, se lembrei de por um brinco de manhã, batom, todas essas “coisas de menina” que eu passei muito tempo ignorando solenemente.
O que posso dizer por enquanto é que a lição mais difícil de aprender até agora é a de dar o tempo certo para as coisas acontecerem. Como todo mundo, eu quero muito e quero agora. Obvio que eu adoraria tomar uma pílula e ficar com o corpo todo malhado, durinho e com os 75kg que eu decidi como meta. Obvio que eu quero passar uma vez o creme anticelulite e ficar com a perna lisinha. Obvio que eu quero entrar na aula de dança do ventre e dar um show logo no primeiro dia para a professora vir me dar os parabéns. Ter que me conscientizar que eu teria que ralar muito para começar a correr e os resultados começarem a aparecer e que eu teria que ralar mais ainda para realmente mudar meu corpo, foi duro e de vez em quando eu ainda esqueço. É um porre saber que eu preciso de uns dois meses passando o creme anticelulite todos os dias antes de ter efeitos visíveis. O processo é longo e chato, eu sei, ainda mais com os resultados aparecendo só aos pouquinhos, mas como eu já disse: Eu já estou na metade do caminho. : )

PENTACAMPEÃO, PENTACAMPEÃO.... e eu fiz tudo que podia torcendo pelo time - dormi todos os jogos! Ninguém pode reclamar por que parece que deu sorte, não é?

Agora, um que eu admiro é o Lúcio. Hoje por exemplo ele acordou cedinho para assistir o jogo... voltou para cama logo depois e está dormindo até agora, mas levantou e assistiu. Tô impressionada!
O mais engraçado foram os amigos ligando aqui para casa para falar com ele (que é descendente de alemães), só que nessa hora ele já estava dormindo de novo... e ele torceu pelo Brasil, tá.
Bem mais que eu, diga-se de passagem.

quarta-feira, junho 19, 2002

Para onde vão os posts perdidos?
Ontem eu escrevi linhas e mais linhas sobre os meus vícios e quando fui postar... puff! Sumiram.

Ok, fora você ficar sentada na frente do computador xingando até a mãe do Bill Gates, ou só a mãe dele em alguns casos mais graves, o que você pode fazer? Tem de haver alguma coisa. Eu não posso simplesmente acrescentar estas linhas entre o céu e a terra, a minha vã filosofia já é abrangente o suficiente sem isso. Obrigada.

E tem outro detalhe: era realmente um post muito bom. Eu andei meio (bondade minha) mediocre nos últimos post, mas esse último estava duca... vou ter que escrever tudo de novo???? Argh!

Bom, já que não tem remédio, remediado está... como é mesmo aquele outro ditado/oração/meditação/sei-lá-o-que?
"Senhor, dai-me paciência para aceitar o que não se pode mudar, força para mudar o que se pode e discernimento, para diferenciar um do outro"

Acho que é um caso de paciência que tenho nas mãos... então vamos lá.

O BLOG PERDIDO - mais ou menos, é o que eu lembro que tinha lá, só que escrito de outro jeito porque eu não lembro de como eu escrevi.

Eu confeço, sou viciada, não vivo sem meu café, meu chocolate e meu sorvete, mas juro que estou lutando bravamente para me tornar uma pessoa melhor.

Graças ao Lúcio, que anda pegando no meu pé, eu estou até tentando parar de tomar café todos os dias. (Hoje não conta por que eu estava tensa... mas não comi chocolate!)

Mas como resistir ao café gourmet com trufas e chocolate ou o com sabor Creme Irlandês? Experimente, bom demais... bom, voltando, tô tentando parar, diminuir pelo menos.

Já o chocolate é um pouco mais complicado. Estou pensando em apelar para uma promessa. Qual seria uma promessa digna de se abandonar chocolate por ela? Tem que ser algo grande, não cotidiano. Não precisa ser biblico também. Vou ter que pensar nisso, aceito sujestões. : )

Agora, o sorvete... Ah! o sorvete.

Minha mãe conta que quando eu era pequenininha e nós iamos passear na praçinha, ela e meu pai compravam um sorvete para cada um e eles tinham que comer os deles rapidinho, porque eu terminava o meu em dois segundos e chorava para pegar os deles.

Depois veio a fase em que eu aprendi a comprar sorvete sozinha. A teoria era bem simples:
1 - Vá até o sorveteiro.
2 - Pergunte do que tem.
3 - Diga o sabor que você quer.
4 - pague e agradeça.
5 - tome o sorvete.

Parece fácil, não é? Mas o que acontecia era algo mais ou menos assim:
Eu ia, feliz da vida, até o sorveteiro.
Perguntava: "Moço, do que tem?"
Ele respondia: "Tem de manga, morango, uva, mangaba, caju, tangerina, limão, coco, coco queimado, café, menta, baunilha, flocos, passas ao rum, pistache, cereja, creme e crocante".
Eu pedia: "Vê um de chocolate, por favor".
Ele dizia: "De chocolate não tem".
Eu: "Ah! Então... tem de que?"

Como era possível? Eu cumpria todos os passos. fazia tudo certo! Quem errava era ele! Como é possível não ter chocolate? Era de chocolate que eu queria... levei um tempo para sair da programação original e aceitar o fato de que eu REALMENTE deveria escutar a resposta do cidadão porque isso faria diferença no meu pedido final.

Aquele foi um dia decepcionante para mim. O mundo não era certinho e perfeito do jeito que eu queria.
E aquela foi só a primeira de muitas batalhas e lições que o sorvete traria à minha vida.

Pode até parecer piada (e a linha anterior era mesmo) mas é verdade que eu aprendi algumas coisas com sorvete, ou através dele.
Aprendi que o mundo não segue o protocolo.
Aprendi que nem todo mundo gosta de sorvete e eu tenho que aceitar isso.
Aprendi que tem gente que gosta dos outros sabores.

e a última que eu aprendi: Tem coisa mais importante que lutar pelo SEU sorvete.

Eu sempre quero um sorvete, 99% das vezes que alguém perguntar se eu aceito um sorvete eu vou aceitar.
Nas últimas semanas, sempre que eu paro para comprar um sorvete e pergunto para o Lúcio se ele também quer. Em geral não.
Só que no que nós saimos andando do lugar onde eu comprei o sorvete ele pede um pedaço.
Eu dou... só que eu fico roxa por dentro:
"se ele queria sorvete, por que não comprou o dele? Esse é o MEU sorvete, eu comprei, MEU MEU MEU"
Nesse momento eu paro e lembro que, para mim, ele é mais importante que qualquer sorvete, dividir um passeio, um cinema, um dia inteiro com ele é maravilhoso e isso sempre deixa um gosto doce na minha boca.
Ai eu ofereço mais um pedaço.

Prometi que nunca mais ia deixar uma coisa tomar o lugar de alguém na minha vida. É obvio que eu quero coisas bonitas, muitas coisas bonitas, mas mais que tudo, eu quero ter alguém especial com quem dividi-las, senão elas deixam de ser bonitas.

terça-feira, junho 18, 2002

Ok. Vou tentar de novo.

É uma triste verdade, mas eu sou viciada. Não vivo sem café, chocolate e sorvete.

Aaaaaahhh! Eu não acredito! Eu perdi o ultimo post! Tudo escrito! Café, chocolate e sorvete. Lição do dia. Moral da história... tudo. Sumiu.

sexta-feira, junho 14, 2002

O Vício!!!!

Não, não tem nada a ver com a novela, cujo último capítulo eu não vou ver... mas também não assisti os outros tantos que já passaram.

É o clube da luta! Pronto, eu disse. Vou me levantar na frente de uma sala cheia (muito cheia) de gente e dizer: tudo começou tão inocente, respondi a um e-mail...(snif, snif) e quando eu vi... (snif, snif) eu não conseguia mais parar... deixei de escrever no blog, entrava na internet só para procurar briga. Deixei de ser aquele ser pacifico que eu (snif, snif) era...

Alias, alguém topa um desafio por ai? Aventurem-se ai embaixo e eu faço o convite. : )

quinta-feira, junho 13, 2002

MORANDO SOZINHA
3a Parte - Minha Última Grande Crise.

Fora agora que o meu teclado deu tilt e está temperamental, quase me deixando louca. Minha última grande crise foi o DIA DOS NAMORADOS!

Primeiro ponto óbvio de crise: o que dar de presente?
Roupa? Muito comum.
Uma carteira? Ele bem que precisa, mas as que eu vi eu não comprava nem como ofensa.
Um livro? Perigoso, ele trabalha no ramo, além de ter lançado agora o livro dele: O NAVIO FANTASMA
(eu sei, eu sei, foi publicidade : ) fazer o que. By the way, é uma aventura para D20 muito boa)
Uma caneta? Daquelas que você baba só de olhar... já viu o preço daquilo? Ele merece, mas o gerente
do banco tem uma opinião um pouco diferente da minha.
Solução: hehehehe, bem... fui ao supermercado e comprei dois aparelhinhos descartáveis de barbear e dei para ele dizendo que era o presente do dia dos namorados... que ele deveria usar com um kit do boticário com espuma de barbear e gel após barba que eu comprei para dar junto.

Segundo ponto de crise: o que fazer para o dia dos namorados? Pensei em fazer de tudo... cheguei a comprar todos os ingredientes para pelo menos 3 pratos diferentes...
Solução? : ) terminamos enroscadinhos no sofá assistindo "Notting Hill" e "O xângo de Baker Street" e comendo pizza. Felizes da vida.
Os outros 3 pratos? Faço para ele daqui até segunda. : )

Desejo a todos 364 dias dos namorados até junho do ano que vem. : )

MY FUNNY VALENTINE

My funny valentine
Sweet comic valentine
You make smile with my heart

Is your figure less than greek?
Is you mouth a little weak,
When you open it to speak?
Are you shy?

But change a hair for me
not if you care for me
Stay little valentine
stay, each day is valentine's day.

Felizes dias dos namorados. Para sempre.

terça-feira, junho 11, 2002

MORANDOO SOZINHA
2ª Parte - O Jogo do Contente

Desde ontem a noite eu estou MUITO deprimida. Acabou sobrando para o Lúcio, que teve que ir dormir em casa (ele ainda não mora aqui oficialmente) e eu fiquei me sentindo ainda pior.

Mas eu explico, amanhã é dia dos namorados e eu ainda não sei que presente dar para o meu namorado, sexta eu tenho uma prova e um trabalho e não estou conseguindo estudar e para melhorar tudo arranharam o meu carro. Já viram que eu estou feliz.

Fiquei me sentindo péssima ontem a noite e hoje o dia inteiro até mais ou menos uma meia hora atrás quando decidi fazer o jogo do contente e ver se dava para salvar alguma coisa do meu dia. Não é que deu?

A prova e o trabalho são sexta, vai ficar apertado, mas ainda dá tempo de estudar e é o curso que eu queria, e esse curso é justamente a razão de eu ter seguido a diante com essa história de mudar para o Rio e morar sozinha. Explico isso melhor quando for escrever o "como eu cheguei aqui, 3ª parte". É só relaxar que eu consigo terminar tudo a tempo, ficar cada vez mais nervosa só vai atrapalhar.

E o dia dos namorados? Ora, dá para ficar nervosa com isso? Estou apaixonada, o que poderia ser melhor? Eu teria friozinho no estomago de qualquer maneira. Esse medinho é só o tempero da vida.

Traduzindo: eu prefiro ter essas dúvidas, incertezas, medos e surpresas do que levar uma vidinha mais ou menos, onde eu ia acabar perdendo meu rescém achado rumo e me tornando uma pessoa que não vê a menor graça na vida. O mundo é lindo, vale a pena olhar para ele.

Beijos felizes a todos.

segunda-feira, junho 10, 2002

MORANDO SOZINHA
1ª Parte

Hoje o Lúcio estava lendo as regras de um jogo novo que ele comprou na mesa da sala. Tabuleiro aberto,. peças colocadas do lado, livro de regras aberto... o básico.
Lá pelas tantas nós resolvemos sair um pouco, eu tinha passado o fim de semana todo trancada em casa e já estava ficando com dor de cabeça. Enquanto nos arrumavamos para sair (sapato, carteira, óculos escuros, pentear o cabelo...), ele perguntou se estava tudo bem deixar o jogo aberto em cima da mesa.

Foi ai que eu me toquei que sim, tudo bem, ele podia deixar o jogo aberto na minha casa (quase nossa casa) por que só nós andavamos por ali. A gente arruma a cama por que a gente prefere a casa arrumadinha, e não por que tem alguém dizendo "ou arruma o quarto ou não sai de casa", e é a mesma coisa com lavar a louça, não deixar roupa suja espalhada pela casa e todas as outras coisas que a gente nunca gosta de fazer na casa dos pais.

É engraçado abrir a geladeira e ver que o doce de leite que o Lúcio gosta (e eu não) continua lá, com a mesma quantidade de doce e tudo. Os meus biscoitos de chocolate estão lá, onde eu botei (e nem estão escondidos por que quem cuida da minha dieta sou eu e mais ninguém), o mais engraçado foi descobrir que eles estavam murchos e eu tive que jogar quase metade do pacote fora... eu joguei biscoitos de chocolate fora! Eu devia estar doente no dia.

Outra coisa que eu achei engraçada: quando estavamos montando a casa minha mãe entrou no módulo "montar casinha" (que eu adorei) e saiu comprando um monte de coisas, entre elas um espremedor de laranjas... que eu só usei uma vez e mesmo assim só para dizer que tinha usado, eu prefiro comprar o suco no hortifruti mesmo que é muito mais prático. Em compensação ela deixou de comprar um monte de coisas das quais eu sinto falta, como um porta revistas, por exemplo.
Ok, são dois exemplos até bobos, mas serviram para me mostrar com mais veemência que agora estou realmente falando de duas casas diferentes a minha e a dos meus pais. A minha casa deixou de ser um sonho e agora é uma realidade e tem ritmos e modos diferentes da dos meus pais.

Isso é legal, me sinto um pouco abalada por que agora estou cuidando do meu ninho e me falta a segurança de todos os anos que meus pais investiram no ninho deles, toda a solidez que a estrutura deles já tem e eu estou só começando a minha... acho que a casa dos pais, de qualquer pais, é como aquela árvore sólida, com folhas escuras, que dá a melhor sombra e tem o tronco mais largo, a minha ainda é uma mudinha, com folhinhas verdes, no máximo uma florzinha e que vai ter que se firmar muito para dar frutos no futuro.

Poético, não... é eu sei, muito fresco também. A minha cara, não?

sábado, junho 08, 2002

Aula de blogetiqueta (Esse termo existe?)

Uau. Acabei de descobrir que se respondem os coments. Eu não sabia disso. : ) Como é que eu faço? Escrevo no próprio blog? Nos coments? Oh! dúvida cruel.

COMO CHEGUEI AQUI
2ª Parte

Pois é, tendo decidido tudo e estando com tudo engatilhado, era hora de voltar a Brasília e fazer a mudança, sair do emprego, acertar as contas, essas coisas básicas.
Quase matei metade dos amigos do coração com a novidade e a outra metade só me olhou quando eu disse "tenho que te contar uma coisa" e disseram: "já sei, vai mudar para o Rio". Esse me conheçem até de baixo d'água.
Bem, em casa foi tranquilo, todos me deram a maior força... ai começou a enrolar o meio de campo.
Eu estava com uma dorzinha na base da coluna e achei melhor ir a um médico, minha mãe me levou a um cirurgião (Por que? sei lá, experiência de mãe, eu acho), o Sílvio, amigo da família a 500 anos. Veredito? Era um lipoma e tinha que ser removido urgente.
Tremi nas bases, mas já que tem que ser... vamos tirar. E já que vamos operar mesmo, por que não aproveitar e fazer logo a cirurgia de mama, afinal, por que resolver um problema de coluna e não o outro? Uma redução, mínima, e uma levantada neles ia bem, depois de perder tanto peso.
Certo, topei. (Eu sou meio louquinha mesmo).
Bem, poucos dias depois eu entrava na faca. O lipoma foi bem, melhor que o esperado, era grande mas tiramos antes que ele abrisse e fizesse ramificações, o que acontece em 99,9% dos casos desse lipoma... e o mais engraçado é que ele não doi antes de ramificar... não sei o que deu no meu, mas eu não reclamo.
Fiz a tal da redução também. Tô feliz com isso não, mas já me disseram que é por que eu não me acostumei ao tamanho novo, sei lá, vamos ver.
Bom, nessa brincadeira, eu que tinha ido à Brasília passar 15 a 20 dias acabei passando quase dois meses.
Quando eu achei que não ia acontecer mais nada, o médico me liberou, comprei a passagem e vim para o Rio.
De vez em quando eu ainda acho que estou sonhando. : )

sexta-feira, junho 07, 2002

Morando fora de Casa
Ultima Parte (me toquei que tenho casa, a minha casa)

Essa é a despedida do tema "Morando fora de casa", eu não estou morando fora de casa, estou na minha casa. : )
Só sai da casa dos meus pais, a quem eu amo muito (momento de apaziguar os pais) mas já estava mais que na hora. Agora eu estou no meu cantinho, na minha casa e estou quase explodindo de felicidade.

Aliás, o blog ficou lindo com o design da fada maDRInha, como disse o Augusto Seljan.

Acho que agora vou começar a falar em capítulos, assim posso mudar de assunto com um mínimo de ordem (não reclamem que a minha analista me disse que eu sou bem normal). Só preciso pensar em qual seria meu primeiro capítulo... Ah! já sei:

COMO CHEGUEI AQUI
1ª Parte - A guinada.

Sabe como tem gente que planeja cuidadosamente o que vai fazer nos próximos anos, meses, semanas, dias e coisas do genero? Eu nunca fui assim, admiro pacas essas pessoas, mas eu só funciono aos tropeções.
Imaginem a cena: Janeiro, verão, eu acabo de perder... muito peso com malhação, estou desfrutando do melhor presente que poderiam ter me dado de natal... 10 dias em um spa, na beira da praia... nossa, só de lembrar eu tive inveja de mim. Isso é possível?
Voltando...
Janeiro, verão...spa... praia... sim, lá pelo dia 06 de janeiro, eu me concentrando firmemente em não fazer nada, só curtir, começo a conversar com uma outra hóspede do spa, muito gente boa, simpatizei pacas com ela.. papo vai, papo vem... digo que estou insatisfeita com o emprego, com a vidinha sem rumo, mas muito feliz com a malhação, me sentindo super orgulhosa de mim, me sentindo capaz de fazer qualquer coisa... aquelas besteira que todo mundo conheçe.
E ela começa a me falar do trabalho dela como Promotora da Infância e Juventude, dos grupos de apoio a menores carentes... ela é super empolgada com isso e foi me motivando. Eu sempre adorei trabalhar onde eu fizesse diferença, gosto de criança, amo direito (sou formada em direito) e não estava trabalhando na minha área...
Não deu outra, pedi um estágio para ela e ela topou, aquela noite já liguei para casa dizendo que estava me mudando para o Rio. Acho que eu dei um susto e tanto no povo lá de casa e nos meus amigos.
Dia 13 voltei para o Rio, me informei com a UERJ sobre pós graduações (e tinha uma na área de infância e adolecência, para a qual ainda iam se abrir as incrições), vi com minha avó se poderia usar um apartamento que ela tem e vive alugado (não estava), ela liberou o apartamento para mim, e depois de um pouco de drama meus pais também deram o aval deles. Isso era importante para mim, eu sou MUITO apegada a eles.
Agora era oficial: Eu estava me mudando para o Rio! Ia morar sozinha, tá eu tenho familia na cidade, tenho amigos, estava com uma super estrutura montada ao meu redor, mas ainda era morar sozinha.
No dia que recebi as últimas respostas uns amigos me convidaram para sair. Ia ter um show de música eletrônica na Bunker e um dos caras da banda é amigo do pessoal.
Ora, eu TINHA que comemorar, estava louca para dançar e me divertir, não tinha nenhum compromisso pelos próximos 15 dias e estava com dinheiro no bolso... é claro que eu fui!
Naquela noite vários amigos foram juntos ao tal show e, entre eles, um cara que eu já tinha visto antes mas acho que nunca tinha falado com ele... nem sei o que eu teria dito antes, eu era muito tímida, retraída, sem jeito... de qualquer maneira, lá estava ele, mais alto que eu (e olha que eu tenho 1,74), loiro, olhos verdes, sorriso lindo... estou descrevendo demais, vamos continuar o "causo".
Bom, sabe como é, muitas luzes piscando e mesmo assim o lugar é fica meio escuro, uma bebidinha aqui, outra ali (com duas eu já estou bebada para a noite inteira - sou uma bebada muito econômica), dança um pouquinho, conversa um pouquinho, chega mais para o lado um pouquinho e... bem...
Estamos namorando a cinco meses e pelo andar da carruagem essa farra de morar sozinha não dura muito. ; ) mas isso é assunto para outro capítulo.

quarta-feira, junho 05, 2002

QUEM MORRE?
Pablo Neruda

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos insensatos.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

segunda-feira, junho 03, 2002

Morando fora de casa
Parte 4 - e o blog toma forma

Em um incrivel esforço para tornar o blog uma coisa mais pessoal, mais eu, mais a minha cara... aquela que é só minha e vai fazer com que as pessoas me conheçam melhor só de ler esse blog eu fui para a casa de uma amiga e pedi para ela mudar o meu template (gente, eu já disse: Eu SOU daquelas que compra pronto)...

Isso foi no sábado, ficamos até tarde passeando na net procurando imagens... óbvio que a primeira coisa que eu fui procurar foi algo do trabalho do James Christensen, que eu amo de paixão e sou fã incondicional. (lindo, lindo, lindo, liiiiindo!!! Ufa, eu precisava disso), também olhamos os trabalhos do Waterhouse, mas não era bem o que eu queria, fomos à uns sites alucinantes de arte, rodamos muito e acabamos escolhendo o Christensen mesmo (lindo, lindo, liiiinnndooo!!! - acho que eu já fiz isso, mas ele vale o repeteco).

Hoje eu recebi um e-mail dela dizendo que estava me mandando uma primeira idéia de como vai ficar... gostei antes de abrir: ela disse que tinha ficado um pouco over. : )
Até acho que podia ter ficado mais, mas a perua que vive dentro de mim precisa ser controlada com rédea curta ou perco o controle para sempre e vão me achar afogada em uma piscina de base clara, protetor solar para rosto fator 15, protetor solar para corpo também fator 15, hidratante, esmalte, dois shapoos diferentes, condicionador e perfume frances... pensando bem ia ser a glória.

Credo... se controla, Rachel, se controla.

sábado, junho 01, 2002

Morando fora de casa (ainda a dos pais)
Parte 3 - e eu resolvi blogar...

Como eu disse antes, foi uma luta árdua e eu finalmente me rendi e comecei este blog... tá, agora já veio uma amiga me dizer que tem um link de e-mail no meu blog que não manda para lugar nenhum quando deveria estar mandando para o meu e-mail e que eu deveria fazer essa mudança logo (e eu nem sabia que existia... o link, o blog eu até suspeitava) e não tenho idéia de como se muda isso! Vou ter que esperar por outro e-mail dela para descobrir como colocar o meu e-mail lá.
(DRIIII, manda o e-mail logo. )

E tem mais, parece que também se pode mudar o template, fazer uma coisa personalizada e sei lá mais o que... esse povo não se convence de que eu sou a usuária mais final que se pode encontrar na rede.

Gente, eu só sirvo para apertar botão e comprar pronto. Acho o maior barato que tenha gente que faça e aconteça na net, que entra em qualquer página e muda as coisas, ou que faz uma proteção maluca para a página e ninguém consegue entrar lá... lindo, admiro muito, mas eu não faço nada disso.

Tudo bem... respira, calma, respira... vamos ver se pelo menos o e-mail eu mudo.